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Monthly Archives: outubro 2008

 

 

O Recife é a capital do estado brasileiro de Pernambuco, situado na região nordeste do Brasil.

 Apesar de a vizinha Olinda ter sido a primeira capital da capitania de Pernambuco, o Recife, fundado em 1537, é a mais antiga das capitais brasileiras. Localizada às margens do oceano Atlântico, tem uma área de 217,494 km² e uma população de 1,7 milhão de pessoas (ou 3,9 milhões, contando a região metropolitana).

 

Cidades-irmãs:

Porto, Portugal

Guangzhou, China

Nantes, França

 Recife vista de um satélite

 Cidade do Recife vista de um satélite

                                                                                                                                                                                                          INÍCIO

 A cidade do Recife tem sua origem intimamente ligada à de Olinda. No foral (carta de direitos feudais) de Olinda, concedido por Duarte Coelho em 1537, há uma referência a “Arrecife dos navios”, um lugarejo habitado por mareantes e pescadores. O Recife permaneceu português até a independência do Brasil, com a exceção de um período de ocupação holandesa entre 1630 e 1654.

 

Durante os anos anteriores à invasão da Companhia das Índias Ocidentais, o povoado do Recife existiu apenas em função do porto e à sombra da sede Olinda, local que a aristocracia escolheu para residir devido à sua localização elevada, que facilitava a defesa.

 

Ergueram-se fortificações e paliçadas em defesa do povoado e do porto do Recife, todas elas voltadas para o mar. Os temores se voltavam para o oceano por conta dos constantes ataques ao litoral da América Portuguesa pela navegação de corso e pirataria. Ainda no final do século XVI o “povo dos arrecifes” foi atacado e saqueado pelo pirata inglês James Lancaster que, com três navios, derrotou a pequena guarnição responsável pela defesa do porto.

 

Entre os anos de 1620 e 1626 o então governador Matias de Albuquerque procurou estabelecer posições fortificadas no porto do Recife a fim de que se pudesse evitar outro ataque como aquele, bem como dissuadir a Companhia das Índias Ocidentais da idéia empreendida na Bahia em 1624.

 

Os manguezais são ecossistemas costeiros das regiões de clima quente do planeta. Estão localizados na faixa entre a maré alta e a maré baixa, junto à foz dos rios, no interior de baías, estuários e outros locais protegidos da ação das ondas do mar, onde a água doce e a água salgada se misturam em diferentes proporções.

A principal diferença entre os manguezais brasileiros está em suas dimensões. Nas regiões norte e nordeste, onde a variação dos limites entre as marés é maior, o manguezal apresenta bosques com até 30 metros de altura. A ilha do Caju, no delta do Parnaíba, é uma área praticamente livre da ação humana. Apesar disso, os pesquisadores já detectam os sinais da falta de cuidado com as margens dos rios e com a ocupação das franjas dos manguezais.

Ainda em função do trabalho de preservação da ilha do Caju, é possível encontrar uma fauna rica e bem desenvolvida, como os belos caranguejos-uçá. A produção dos manguezais do delta do Parnaíba ainda é muito grande: os catadores da região fornecem caranguejos para todo o norte e nordeste, com algumas sobras para exportação. Mas a maior parte da produção de carne de caranguejos na região é processada ainda em regime familiar, gerando uma renda insuficiente.

Foi a exploração predatória do manguezal, associada à destruição do hábitat, que praticamente esgotou a produção de caranguejos na região de Recife, em Pernambuco. A captura é feita, muitas vezes, com redes de plástico que emaranham os animais e matam indiferentemente filhotes machos e fêmeas. O resultado é o empobrecimento da energia produtiva do ecossistema e da população que vive em torno do manguezal.

 

A lama escura do manguezal é banhada pelas águas salobras do estuário. Quando a maré recua, os caranguejos saem da toca. Eles realizam um importante trabalho de movimentação constante do sedimento do manguezal, construindo galerias e trazendo para a superfície parte dos sedimentos, rica em nutrientes, que vai ser transportada pelas águas do estuário na próxima maré.

Se a captura de caranguejos for muito superior à capacidade de reprodução das espécies, o manguezal perderá um elo muito importante da sua cadeia alimentar. É verdade que os caranguejos se reproduzem em boa quantidade, mas é importante encontrar um ponto de equilíbrio, uma forma sustentável de explorar esse recurso do ecossistema.

Fonte:
TV Cultura <http://www.tvcultura.com.br/>